Construindo um agro sustentável: Abapa e Banco do Nordeste debatem financiamento do algodão baiano 6n3q6p

Publicado em 12/06/2025 08:36

A cotonicultura baiana reforçou a importância do sistema financeiro para acelerar os investimentos em sustentabilidade, no “Construindo um Agro Sustentável”, promovido pelo Banco do Nordeste (BNB), no dia 11 de junho, terceiro dia da Bahia Farm Show 2025, em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. A presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto Costa, representou os produtores de algodão e, com ela, participaram do encontro o presidente do banco, Paulo Câmara, e os presidentes da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Bahia Farm Show, Moisés Schmidt, da Associação dos Revendedores e Representantes de Máquinas e Equipamentos (Assomiba), além do diretor financeiro de crédito do BNB, Wanger Antônio de Alencar, e do superintendente de Agronegócio, Luiz Sérgio Farias Machado, com mediação do diretor de negócios, Luiz Abel Amorim. 5w514y

"É fundamental que todos os atores, especialmente financiadores e o poder público, estejam no mesmo como que o produtor", ressaltou Alessandra Zanotto Costa, destacando a importância do alinhamento entre diferentes setores para o avanço da agenda sustentável. “Esta sincronização é crucial, porque os investimentos em sustentabilidade exigem recursos significativos, desde adequações tecnológicas até certificações, como o programa Algodão Brasileiro Responsável, que envolvem mais de 100 critérios rigorosos.  Quando o agricultor busca crédito, ele já validou a viabilidade do negócio e, muitas vezes, já está investindo, confiando que o banco será parceiro nesse processo", afirmou.

Força regional

Através de suas agências em Barreiras, Correntina e Luís Eduardo Magalhães, o Banco do Nordeste contratou R$ 2,31 bilhões no Plano Safra 2024/2025, valor que representa 92,6% das aplicações em crédito rural da região. Esse aporte resultou em impactos significativos, como a geração ou manutenção de 34 mil empregos, aumento de R$ 231 milhões na massa salarial, acréscimo de R$ 59,2 milhões na arrecadação tributária e R$ 1,4 bilhão no valor bruto da produção.  

Ênfase em ESG

“O Banco do Nordeste tem desempenhado um papel estratégico no desenvolvimento do agronegócio no Cerrado da Bahia, com investimentos robustos e foco em sustentabilidade. O BNB oferece linhas de crédito direcionadas à inovação, agroindústria, irrigação, agricultura de baixo carbono e armazéns, reforçando seu compromisso com um agro sustentável e alinhado às exigências socioambientais”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Câmara.

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Entre as medidas anunciadas pelo presidente do Banco do Nordeste estão o aumento do limite do Cartão BNB de R$ 10 para 30 milhões e a criação de uma central de análise de crédito exclusiva para os produtores do agro. “Devemos financiar mais de R$ 11 bilhões para a agricultura empresarial no Plano Safra 25/26, 15% a mais do que no exercício anterior”, afirmou. O BNB também lançou oficialmente o Giro Flash Agro, um capital de giro com contratação simplificada, destinado aos produtores do setor e com crédito pré-aprovado.  Segundo o banco, até quarta-feira, já havia realizado o mesmo volume de negócios da edição da feira no ano ado, quando contratou R$ 280 milhões. A expectativa é de, até sábado, alcançar 50% de incremento em relação a 2024.

CTR do Algodão: Abapa reforça a sustentabilidade da cadeia produtiva em reunião

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) segue fortalecendo seu compromisso com a fitossanidade da cadeia produtiva do algodão na Bahia. Para consolidar essa atuação, a instituição participou, nesta quarta-feira (11), da Reunião Ordinária da Comissão Técnica Regional do Algodão (CTR-Oeste), na programação da 19ª edição da Bahia Farm Show 2025.

Durante o encontro, foram discutidas pautas estratégicas para o setor, com destaque para a apresentação da minuta de nova Portaria do Projeto Fitossanitário do Algodão, que visa aprimorar as ações de defesa vegetal e garantir maior produtividade e qualidade nas lavouras. A presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa, ressaltou a importância da reunião e da participação dos órgãos de Governo, produtores e entidades representativas da cadeia do algodão.

“O sucesso deste encontro, realizado dentro da Bahia Farm Show, demonstra o trabalho que a Abapa, seus associados e parceiros públicos e privados vêm fazendo para a promoção de práticas sustentáveis, que incluem ações fitossanitárias, para o fortalecimento da cadeia produtiva do algodão na Bahia. Tivemos a presença do novo secretário de Agricultura, o que é extremamente importante para que ele compreenda a dinâmica do setor e a relevância de atuarmos de forma conjunta na defesa sanitária do algodão”, afirmou Alessandra.

O secretário da Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, prestigiou a reunião e reforçou a importância do diálogo e da construção de soluções para os desafios do setor. "Essa reunião reforça que estamos trilhando o caminho certo, com base no conhecimento técnico, na cooperação entre as instituições e no compromisso com a responsabilidade. A Seagri segue firme nessa agenda e parabeniza todos os envolvidos pelo empenho em promover uma produção mais eficiente e sustentável", disse.

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) apresentou pontos da minuta de portaria que atualizará a 201/2019, que vai unificar, em um único texto, as normas e definições para fiscalização e defesa sanitária. Dentre as proposições, estão a inclusão dos conceitos de Risco Fitossanitário, plantio isca, segundo ciclo na região Sudoeste da Bahia e a criação da região III (Cascudeiro-Baianópolis; Wanderley; Campo Grande l-São Desidério e Linha Branca-Correntina).

Na pauta, foi proposta a criação de uma campanha de conscientização de transportadores, consumidores de caroço de algodão, produtores rurais, algodoeiras e mineradoras, sobre a contaminação de gesso e calcário com o caroço. Essa iniciativa busca reduzir a incidência de tigueras, e, consequentemente, de pragas e doenças, promovendo práticas mais sustentáveis e eficientes no campo.

Logística: Abapa e Porto do Pecém avançam em plano para exportar algodão do Matopiba

A criação de um plano de trabalho para viabilizar a estufagem de até 70 contêineres de algodão por semana no Porto do Pecém, no Ceará, com a participação de produtores, tradings, transportadores rodoviários da região do Matopiba e operadores do terminal portuário, foi o principal encaminhamento da reunião realizada, nesta quarta-feira (11), entre a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e representantes do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. A exportação de algodão está no radar do Porto do Pecém há alguns anos. A proposta é viabilizar o envio direto da fibra produzida no Nordeste brasileiro para o mercado asiático e a volta de insumos, por meio do frete de retorno, reduzindo a dependência do escoamento via Porto de Santos e oferecendo uma nova alternativa logística para os cotonicultores baianos.

Acordo ampliará o monitoramento do Aquífero Urucuia, na Bahia

Ainda na Bahia Farm Show, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) participou da do termo de cooperação entre a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), voltado à ampliação das estações e a implantação de novas estações subterrâneas e telemétricas de monitoramento do Aquífero Urucuia, na Bahia. O acordo prevê o funcionamento de aproximadamente 47 pontos de monitoramento no Oeste baiano. Esses pontos fornecerão dados técnicos essenciais para aprimorar a gestão hídrica da região. Em 2024, a Abapa apoiou o Projeto de Estudo do Potencial Hídrico, coordenado pela Aiba, com o apoio da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e de outras universidades do país. O objetivo do estudo era conhecer a dinâmica hidrogeológica do Aquífero Urucuia por meio de medições e monitoramento.

Localizado sob o bioma Cerrado, o Aquífero Urucuia se estende por cerca de 120 mil km², abrangendo áreas dos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e Tocantins. A porção situada na Bahia representa aproximadamente 80% de sua área total e é conhecida como "Chapadão do Urucuia". Durante os períodos de estiagem, o aquífero tem papel fundamental na manutenção do fluxo de rios e nascentes, funcionando como uma verdadeira “caixa d’água natural” que abastece importantes bacias hidrográficas da região, como a do Rio São Francisco.

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Fonte:
ABAPA

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